27/08/2009

SÓ UM COCHILO

QUEM PENSA GERA BOAS SOLUÇÕES
[Resenha do primeiro capítulo do livro de FRIEDMAN, Thomas L., "O Mundo É Plano - Uma Breve História do Século XXI"]

O mundo está ficando cada vez mais nivelado e igualitário, a globalização está tornando o mundo mais justo, onde as divisões históricas, regionais e geográficas estão cada vez menos relevantes.

Com isso, surge a fase da expansão capitalista, a GLOBALIZAÇÃO 3.0[1]: onde é possível expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado facilita a troca de experiências e acelera a INFORMAÇÃO[2]. Entretanto quando percebemos que o princípio básico em todas as versões da globalização é a disputa por mercado, seja ele de produtos ou serviços, como conseqüência acontece o aumento acirrado da concorrência e nos faz cada vez mais parecidos na produção de bens e serviços. Num mundo plano, trabalharemos todos juntos, possibilitando também, a agregação e a modalidade de terceirização de serviços.

A TERCEIRIZAÇÃO[3] precisa estar em conformidade com os objetivos estratégicos da organização, os quais irão revelar em que pontos ela poderá alcançar resultados satisfatórios, dividindo funções e transferindo funções. Estabelece uma relação de parceria com fornecedores portadores de uma base de conhecimento mais especializado, agregando maior valor ao produto final, ficando a empresa concentrada apenas em tarefas essencialmente ligadas ao negócio em que atua.

A globalização aumenta o ritmo das mudanças nos meios de produção, tendendo a um aumento de tecnologias limpas e sustentáveis, uso de novas TECNOLOGIAS[4] e investimento em exportação de PESQUISAS E DESENVOLVIMENTO[5].

O primeiro motivo para exportação de pesquisas e desenvolvimento é reduzir custos. Com a nova oferta de profissionais de ponta em países emergentes, eles se tornam peças-chave em todos os estágios da INOVAÇÃO[6] – da idealização de projetos aos testes. O segundo motivo para se pesquisar fora é a proximidade com esses mercados, cada vez mais importantes para a economia global, ajuda a entender suas peculiaridades e a fazer produtos mais sucedidos.

EXEMPLO: Empresas com laboratórios mais focados, como é o caso do Google em Belo Horizonte (MG), onde mantém um centro de pesquisa e desenvolvimento para novos produtos, otimizam recursos e geram colaboração. “A globalização criou um ambiente complexo e dinâmico. E a pesquisa começa a fazer parte dessa mudança” afirma o estudo.(Época negócios – 04/02/2009)

A norma da economia de mercado é que, onde estiverem os melhores recursos humanos e a mão-de-obra mais barata, é para lá que as empresas e organizações naturalmente vão migrar.

Empresas que investiram mais de 10% do orçamento em pesquisa nos países emergentes tiveram valorização de 67% acima da média. (Época negócios – 04/02/2009)

A globalização criou um ambiente complexo e dinâmico. E a pesquisa começa a fazer parte dessa mudança.

A ciência busca a verdade. A arte, que é o domínio da estética, busca a beleza. E a tecnologia descobre as possibilidades. Ou seja, se é possível fazer, eu vou lá e faço. Depois a ciência tenta me explicar porque aquilo funciona.

Agora não interessa qual é a ciência que você sabe ou não sabe, mas sim qual é o problema que você resolve. Isso nos leva diretamente ao conceito da inovação. Inovação não é tecnologia nem ciência, é mercado. O seu crivo verdadeiro não diz respeito a quem sabe mais, mas sim à capacidade de mudar o modelo mental, o comportamento de produtores e consumidores de tecnologia.

Um exemplo é o iPod, pois o que deu certo foi um modelo completo de mudança de comportamento do usuário.

Inovação funciona pegando problemas no mercado e, com alguns poucos componentes dessa tríade ciência-tecnologia-arte, modificam-se um pouco coisas que já existem, é a única maneira das empresas sobreviverem, a única forma real de aumento de produtividade, mas, ela exige em qualquer espaço de negócio, a troca de regras.

Aqueles que se aferrarem ao passado e resistirem às mudanças vão se afundar na massificação. Por outro lado, os que se mostrarem aptos a agregar valor — mediante a sua liderança, os seus relacionamentos e sua criatividade — não só transformarão o setor, como vão fortalecer seus relacionamentos com os clientes.

É por essa razão que o grande desafio dos nossos tempos será absorver tais mudanças de forma a não atropelar as pessoas ou deixá-las para trás.



BIBLIOGRAFIA OFICIAL

FRIEDMAN, Thomas L., "O Mundo É Plano - Uma Breve História do Século XXI". Editora Objetiva, 2005.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

JORNAL DA CIÊNCIA, "Inovação não é tecnologia nem ciência", 15 de setembro de 2008.
Acessado em: 21/08/2009

ÉPOCA NEGÓCIOS, "Além dos muros", 04 de fevereiro de 2009.
Acessado em: 21/08/2009

WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre
Globalização
Terceirizão
Acessado em: 21/08/2009